Grande parte da Europa atravessa ciclos de confinamento e reabertura. Como podem os retalhistas organizar-se para ter sucesso?
Neste artigo analisamos a situação do Retalho no contexto atual. Os retalhistas sempre acompanharam de perto os indicadores de confiança dos consumidores, mas – com a maior parte da Europa a atravessar ciclos de confinamento e reabertura – a confiança e a segurança quanto ao futuro estão no seu pior momento.
Nos dois últimos anos, a DS Smith teve a oportunidade de observar em primeira mão como as marcas e retalhistas superaram estes desafios. Aqueles que estão a conseguir prosperar, e não apenas sobreviver, têm vários elementos em comum: integraram a adaptabilidade no seu negócio, evoluíram para um modelo híbrido com experiências de compra físicas e online e colocaram a sustentabilidade no centro da sua oferta. Conforme destacado por Stefano Rossi, CEO da DS Smith Packaging, neste contexto de incerteza, estes princípios serão fundamentais para encarar o futuro do Retalho: "Acredito firmemente que se os retalhistas que começaram 2022 com inquietação adotarem estes princípios nos seus negócios, terão muitas mais possibilidades de êxito, embora a incerteza pareça ser a única coisa garantida”.
Adaptação
Quando a pandemia chegou, os retalhistas que conseguiram responder rapidamente aos desejos dos consumidores (decoração e renovação da casa, novos hobbies etc.) triunfaram. Mais recentemente, com o levantamento das restrições no pós-Ómicron, acreditamos que as lojas de moda que conseguirem fazer uma transição rápida da promoção de roupas para estar em casa para vestidos elegantes terão mais sucesso do que os seus concorrentes menos céleres. Enquanto continuamos a viver encerramentos e reaberturas económicas, os retalhistas que detetarem rapidamente os sinais de mudança, e adaptarem de forma ágil a sua oferta para oferecerem aos consumidores o que estes precisam e desejam, serão os vencedores.
Adotar um modelo híbrido
Aqueles que tiveram mais sucesso não foram apenas ágeis em relação às suas vendas, mas também no caminho para o mercado. Assistimos a uma evolução real entre marcas e retalhistas para um modelo híbrido que utiliza o melhor das vendas online e físicas, permitindo alternar entre ambos.
Isto reflete, por si só, os hábitos dos consumidores. Nos dois últimos anos, assistimos ao nascimento do “comprador misto”. Um estudo realizado pela DS Smith no verão passado mostrou que a média mensal de compras dos europeus é de cinco vezes em loja, três vezes online e duas vezes click and collect (comprar online e recolher na loja). Quem, enquanto retalhista, ainda não tiver adotado esta abordagem, está a ficar para trás.
Apesar de quase um terço dos consumidores (24%) afirmarem que continuariam a utilizar o click and collect para efetuar compras após a pandemia, este novo modelo apresenta algumas dificuldades iniciais. Mais de metade dos entrevistados neste estudo (53%) afirmou que este modelo trazia consigo “o pior dos dois mundos”.
Para que esta transição seja bem-sucedida, as marcas precisam de melhorar a sua oferta para que os seus clientes possam receber o mesmo serviço de qualidade, independentemente do canal utilizado. O packaging pode desempenhar um papel fundamental: desde garantir a entrega segura do produto, tendo em conta os cerca de 50 pontos de contacto da cadeia de fornecimento, a fornecer uma experiência de unboxing luxuosa e personalizada.
A sustentabilidade já não é um luxo
Os consumidores dão agora a sustentabilidade como garantida. Outro estudo publicado pela DS Smith em 2021 apurou que quase um terço dos consumidores europeus entrevistados reconhecem que deixaram de comprar a determinadas marcas porque o seu packaging não é sustentável. No entanto, a crescente procura do e-commerce traz vários desafios de sustentabilidade: as entregas de última milha, a proteção adequada dos produtos durante o transporte e o packaging com uma pegada de carbono baixa devem ser considerados para conquistar os consumidores mais ecológicos.
O packaging, independentemente do canal utilizado, é uma forma de demonstrar os compromissos de sustentabilidade. Ao adotarem soluções reutilizáveis e recicláveis com o tamanho adequado, as marcas e retalhistas podem demonstrar o seu compromisso com a economia circular.
Um copo meio cheio
Embora este ano traga novos desafios, também surgirão novas oportunidades para as marcas e retalhistas se destacarem. Nas lojas, graças à ativação de pontos de venda inovadores, e online, no mundo em constante transformação do e-commerce. Na DS Smith, vemos o copo meio cheio e estamos entusiasmados por fazer parte da solução, oferecendo às marcas soluções de packaging personalizadas, desenvolvidas para uma economia circular que responde às suas necessidades em constante mudança.