Embalagens sustentáveis num mundo pós-Covid

Um novo estudo europeu realizado para conhecer o impacto que a pandemia de Covid-19 teve nos comportamentos dos consumidores em relação ao packaging e à sustentabilidade revela que a redução da quantidade de packaging, assim como a reciclagem, continuam a ser uma prioridade.

Em conjunto com a Ipsos MORI, empresa líder mundial de estudos de mercado, investigámos o impacto que a pandemia de Covid-19 teve nos hábitos de consumo. Este estudo, realizado em vários países europeus (incluindo Portugal), apresenta como principal conclusão o facto de a sustentabilidade continuar a ser uma das principais preocupações dos consumidores europeus, apesar de os seus hábitos de consumo terem mudado com a pandemia.

 

Perceções do consumidor sobre sustentabilidade

Os hábitos mudaram. A atitude não. O consumidor atual continua a ser eco consciente, recicla mais do que nunca e espera que as empresas às quais compra os seus produtos tenham em conta a sustentabilidade. Tanto que 71% dos portugueses concordam que, no longo prazo, as alterações climáticas são tão preocupantes quanto a Covid-19 e 32% acreditam que “lidar com a quantidade de lixo que produzimos” está no “top 3” dos problemas ambientais.

No momento da compra de produtos, reciclar e reduzir o packaging continuam a ser prioridades. 38% dos portugueses preferem que os produtos tenham a menor quantidade de embalagem possível. Além disso, consideram importante que estes sejam embalados em materiais recicláveis (49%), que o packaging tenha sido produzido com materiais reciclados (40%) e que os materiais utilizados tenham origem sustentável ​​(39%).

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As novas prioridades do consumidor

Além da sustentabilidade, o “local” assume um papel mais relevante. O acesso a produtos locais é importante para os consumidores, seja por razões de sustentabilidade (por exemplo, redução das emissões de transporte) ou por considerações como o orgulho nacional / regional, a perceção da qualidade do produto ou a proteção das economias locais. Para 66% dos portugueses é prioritário que o produto seja produzido no país e para 34% que seja produzido na sua área ou região.

A higiene tornou-se também uma nova prioridade. 41% dos portugueses preferem produtos “embalados utilizando embalagens higiénicas” e 44% consideram que é um fator que continuará a ser importante no futuro.

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O impacto da Covid-19 nas atitudes e nos hábitos de compra

Com a pandemia, os consumidores mudaram o seu comportamento nas lojas. Apenas 3% afirmam não o ter feito.

9 em cada 10 portugueses acreditam que o coronavírus permanece ativo no packaging e 78% preocupam-se com a quantidade de pessoas que tocaram nos produtos nas lojas. Por isso, 64% evitam tocar nos produtos a menos que saibam que querem realmente comprá-los e um terço escolhe os artigos que se encontram no fundo da prateleira, por haver menos probabilidade de lhes terem tocado.

Além disso, os consumidores preferem passar o mínimo de tempo possível nas lojas (87%) e afirmam que se sentem mais stressados a fazer compras de forma presencial (63%), pelo que, para evitar vaguear pela loja, 59% reconhecem que fazem previamente uma lista de compras.

 

Priorizamos a higiene em detrimento da sustentabilidade?

Os consumidores querem comprar produtos que não sejam de plástico, mas 55% dos consumidores portugueses dão prioridade à higiene em detrimento da sustentabilidade.

35% e 27% dos portugueses lavam ou desinfetam todos os produtos embalados em plástico e cartão, respetivamente, e 9% evitam comprar produtos que não estejam embalados.

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Na DS Smith, em linha com o nosso propósito de Redefinir o packaging para um mundo em constante mudança, analisamos as tendências dos consumidores para projetar e desenvolver soluções inovadoras que respondam aos desafios atuais e futuros.