Entrevista com José Tomás, responsável industrial da DS Smith Tecnicarton

O nosso maior compromisso é que o nosso pessoal volte são e salvo, todos os dias, para sua casa, para as suas famílias

   José Tomás, engenheiro industrial é, atualmente, o responsável pela área Industrial da DS Smith Tecnicarton. Trabalhou em várias empresas relacionadas com o setor automóvel e sempre ligado à parte industrial, de fabrico e de desenvolvimento. O seu último trabalho, antes de integrar a DS Smith Tecnicarton, foi na SICE. Com os diferentes movimentos de empresas, a direção da então Tecnicarton decidiu incorporar José Tomás na disciplina da companhia e proceder à integração na multinacional britânica DS Smith.

Pergunta: Qual foi a sua trajetória até chegar à DS Smith Tecnicarton?

Resposta: Cheguei à Tecnicarton há mais de 3 anos, em julho de 2014, para assumir a responsabilidade de toda a parte industrial, como Diretor de Operações. Antes disso tinha trabalhado no grupo Lantero, nas fábricas de Villagarcía e de SICE, em posições semelhantes. Quando o Grupo Lantero tomou a decisão de vender a SICE, a direção da Tecnicarton confiou em mim para este cargo.

Pergunta: Hoje em dia, quais são as suas responsabilidades?

Resposta: Neste momento sou o responsável por toda a área Industrial. Isto inclui os departamentos de Qualidade, Informática e Desenvolvimento e Melhoria de Processos, assim como, funcionalmente, os departamentos de Planificação e Produção de todas as nossas unidades fabris. Também coordeno certos temas de compras que consideramos mais estratégicas para a empresa.

Pergunta: Desde que está aqui, que projetos mais importantes se desenvolveram nas áreas que é responsável?

Resposta: Numa fase inicial a nossa equipa realizou a formação e a implantação de técnicas Lean em todas as nossas fábricas. Também certificamos algumas unidades de acordo com certos standards que se consideraram importantes, em função dos mercados a que nos dirigimos.

Porém, o projeto mais importante, durante estes anos, foi a integração no grupo DS Smith.

A partir do meu departamento coordenamos esta integração e desta forma libertamos todas as unidades fabris deste trabalho para que possam continuar a produzir e a desenvolver projetos.

E outro grande trabalho que desenvolvemos foi a melhoria dos níveis de segurança nas nossas fábricas. Embora a cultura da segurança já estivesse muito enraizada na Tecnicarton, a integração na DS Smith está a faz-nos ir mais longe e a melhorar ainda mais essa faceta tão importante. Devemos ser todos conscientes de que o nosso maior compromisso deve ser que todo o nosso pessoal volte são e salvo, todos os dias, para sua casa, para as suas famílias.

Pergunta: Como foi gerida a integração na DS Smith a partir da sua área de responsabilidade?

Resposta: Como a Tecnicarton já era um grupo em si mesmo, na central assumimos nesse momento a responsabilidade da integração para deixarmos que as unidades fabris continuassem com a sua produção. Na central de Almussafes suportamos este trabalho e dessa forma permitimos que as unidades não se vissem afetadas.

Pergunta: Uma vez concluída a integração na DS Smith e com uns níveis de segurança laboral tão elevados que têm, em que projeto é que estão a trabalhar neste momento?

Resposta: Atualmente estamos muito focados nas necessidades das nossas unidades fabris, como a implantação de um novo Controlo de Produção. É um sistema que foi desenvolvido pelo nosso departamento de informática e que facilita muito tudo o que estiver relacionado com as ordens de trabalho e com a gestão da área de produção. Este sistema permite que os operários conheçam a rastreabilidade dos materiais de forma mais simples e ter o nosso stock de materiais totalmente controlado de maneira on-line. E em breve, espero que possamos relançar o trabalho de implantação de Melhoria Contínua e técnicas de Lean Manufacturing. Isto ajudar-nos-á a melhorar a nossa eficiência interna e o nosso posicionamento no mercado.